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Futuros distópicos e o enriquecimento a trama que eles trazem.

Os livros estão cheios de futuros distópicos. Seja aquele mais próximo da realidade, onde o governo tomou o controle de tudo e os cidadãos vivem com medo da própria sombra, até aqueles menos realistas para a nossa vida real, como em Logan, em que os mutantes estão sendo caçados em um mundo que os querem apenas como poderio bélico. Futuros distópicos nada mais é do que uma obra apresentar um futuro muito realista ao que se assemelha ao nosso mundo ou a realidade da narrativa em que pessoas ou classes vivem oprimidas e que metade do mundo tenha sido destruído. O problema de se querer criar o seu próprio futuro é ter que lidar com as consequências que podem tê-lo levado a acontecer. No universo X-men, principalmente na franquia de filmes, vemos uma bagunça quando o assunto é a linha cronológica que os eventos acontecem. Nunca sabemos exatamente qual futuro aconteceu ou não. Um personagem que morre no presente e que misteriosamente é uma das peças mais importantes do futuro. Isso mescla eventos que criam diversas oportunidades que podem ser seguidas ou descartadas.

Spoilers a seguir

 Ter matado a Jean, e consequentemente a fênix negra em X-men – o confronto final foi um dos maiores erros da franquia. Isso é fato. Porém, já sabemos que ela retornará em filmes futuros, e tudo isso se dá graças aos diferentes futuros distópicos causados por eventos que alteram a linha correta da narrativa de uma história. Sendo assim, eles podem sempre criar um futuro “errado”, corrigi-lo e fazer com que o presente se altere. Isso quando contamos com viagens temporais na trama. E quando é apenas o governo tratando a população como animais encarcerados como em jogos vorazes? Quantos de vocês já imaginaram uma Katness everdeen surgindo nos tempos atuais? Seja ela, ou ele, lutando pelo povo contra o governo. Confesso que já imaginei algumas vezes alguém com um arco e flecha apontado para aquele enorme pato amarelo em frente a Fnac durante os protestos na avenida paulista. O problema é que caso futuros como esse aconteçam, a nossa única oportunidade de mudá-los é no presente. Ou vocês acreditam que poderia ter ocorrido uma forma melhor de impedir que os Estados Unidos virassem Panem e fossem divididos em 13 distritos se não impedindo que a guerra que antecedeu esses eventos acontecessem? Depois que a história foi fraturada, nem mesmo derrubar o governo tirano de Snow pois um fim à isso. Talvez, com muitos anos e trabalho duro, as consequências de algo tão desastroso possam ser revertidos.  Para aqueles escritores que adoram matar personagens amados pelo público, ou apenas queiram dar uma visão diferente dele, criar um futuro distópico em paralelo ao presente pode ser uma ótima forma de enriquecer a trama. Exemplo: Suponhamos que você escreva um livro de fantasia com guerras e coisas assim. De repente, um dos capítulos começa já no futuro, como se eventos anteriores tivessem prejudicado toda a história. Mocinhos tinham virado vilões, o mundo que eles conheciam tinha sido destruído e boa parte dos personagens já estavam mortos. Com isso, você estaria dando uma prévia do que poderia acontecer, mas o que o protagonista vai tentar evitar ao máximo, pois já que terá conhecimento sobre o futuro. Essa é a sua chance de reaproveitar alguns arcos e personagens. Os que já foram mortos, podem voltar, com uma visão diferente do que já conhecemos. Por ser um futuro distópico, onde diversas possibilidades podem ter acontecido durante a trama até aquele evento em específico, retornar com personagens já amados pelo público pode ser o gás que faltava para a sua história. Futuros alternativos quebrando a ordem correta da trama pode diversificar a narrativa, mas fazer o autor se perder, como no caso dos x-men. Escrever sobre o passado é uma tarefa fácil, mas complicada. Se você quiser narrar os fatos como eles realmente acontecessem, deve estudar e pesquisar muito sobre a época em que a história se passa. O que as pessoas utilizavam para se entreter, a forma que falavam, a moral e os bons costumes que as famílias seguiam na época, entre outros. A facilidade dessa narrativa é saber que uma biblioteca de eventos está te esperando para ser lida e posta em pratica. Porém, caso algo seja feito de forma errônea ou descrita de uma maneira da qual a realidade não se aplica na narrativa, sua história pode acabar gerando colapsos. Talvez seja por isso que estejamos cada vez mais apaixonados pelo futuro. Podemos molda-lo e fazermos como quisermos, já que ninguém o vivenciou ainda para nos dizer do contrário. Por fim, lembrem-se, podemos brincar ou imaginar o futuro o quanto quisermos, mas é com o presente que precisamos nos preocupar. E você, prefere escrever mais sobre o passado ou o futuro?! Ainda acredita que histórias que se passam nos dias atuais valem a pena?! Deixe sua opinião. L.B.C 


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